PORTÃO DE BRANDEMBURGO
Encontramo-nos com o audioguia (áudio guia) na praça de Paris, diante de uma das portas mais antigas de entrada para Berlim, inaugurada em 1791, e um dos símbolos mais importantes da cidade, incarnando o triunfo da paz sobre as armas.
Trata-se de uma estrutura de 26 metros de altura, de estilo neoclássico, que lembra as construções da Acrópole de Atenas. Na parte superior preside uma quadriga de cobre, que representa a Deusa da Vitória num carro puxado por cavalos, a entrar na cidade.
Depois da sua construção, a Porta de Brandemburgo teve o esplendor que lhe correspondia, vendo passar sob os seus arcos membros da realeza, as tropas de Napoleão, e presenciando alguns desfiles nazis. No entanto, apesar dos graves danos que sofreu durante a 2ª Guerra Mundial terem sido reparados, entre 1961 e 1989, o monumento ficou isolado na terra de ninguém, entre leste e oeste, pelo Muro de Berlim. Após a reunificação da cidade, por fim recuperou o lugar que merece.
MURO DE BERLIM
Quando a 2ª Guerra Mundial terminou, os aliados dividiram a Berlim em quatro setores: francês, inglês, americano e soviético. Pouco depois, os ocidentais uniram-se, formando a República Federal Alemã (RFA), e a Rússia constituiu a República Democrática Alemã (RDA), e cada estado seguiu um modelo sócio-económico diferente.
Devido à crescente emigração de alemães de leste para oeste, quase 3 milhões de pessoas, na noite de 12 de agosto de 1961, os soviéticos construíram uma vedação de arame provisória ao longo de 155 km e fecharam 69 dos 81 pontos de controlo que havia para passar de um lado da cidade para o outro. Durante os dias seguintes construiu-se um muro de tijolo ao longo desses 155 km, desalojando, assim, as pessoas cujas casas se encontravam nessa linha.
O Muro de Berlim acabou por se converter numa parede de betão com cerca de 3,5 a 4 metros de altura, encimado por uma superfície semiesférica, para que ninguém pudesse agarrar-se a ela. A acompanhar o muro, criou-se a chamada "faixa da morte", formada por um fosso, uma cerca de arame, uma estrada pela qual circulavam constantemente veículos militares, sistemas de alarme, armas automáticas, torres de vigilância e patrulhas acompanhadas por cães 24 horas por dia.
Entre 1961 e 1989, mais de 5.000 pessoas conseguiram atravessar o muro, mas muitas morreram ao tentar. Os guardas disparavam a matar.
A queda do muro foi motivada pela abertura de fronteiras entre a Áustria e a Hungria, em maio de 1989, já que cada vez mais alemães viajavam para a Hungria para pedir asilo nas diversas embaixadas da República Federal Alemã.
Este facto motivou enormes manifestações em Alexanderplatz, que levaram a que, a 9 de novembro de 1989, o governo da RDA tenha afirmado que era permitido passar para o oeste.
Nesse mesmo dia, milhares de pessoas amontoaram-se nos pontos de controlo, para poder atravessar para o outro lado e houve um êxodo em massa. No dia seguinte, as pessoas começaram a abrir brechas, chegando o fim do muro de Berlim.
O audioguia (áudio guia) continua com o seguinte áudio dedicado ao checkpoint Charlie.
CHECKPOINT CHARLIE
Foi o mais famoso dos pontos de passagem fronteiriços do Muro de Berlim, entre 1945 e 1990. Encontrava-se em Friedrichstraße, e abria passagem para a área de controlo norte-americano com a soviética, onde atualmente se ligam os bairros de Mitte e Kreuzberg.
Checkpoint Charlie foi palco de fugas espetaculares. Outros não conseguiram fugir e foram executados.
Um dos casos mais conhecidos de tentativa de fuga frustrada foi o de Peter Fechter que, quando esteva prestes a chegar ao outro lado, foi baleado por militares da RDA, que o deixaram esvair em sangue perante o olhar impotente dos cidadãos e militares de Berlim Ocidental, que queriam ajudá-lo.
O ponto de controlo foi demolido em 22 de junho de 1990, de modo que, à exceção do Museu do Muro de Checkpoint Charlie, que se encontra ao lado, nada restou para o recordar. Mais tarde, no ano 2000, reconstruiu-se a primeira cabine do posto de controlo, que, na atualidade, é uma das atrações turísticas de Berlim que pode descobrir com o audioguia (áudio guia).
CATEDRAL DE BERLIM (BERLINER DOM)
Trata-se do templo da Igreja Evangélica na Alemanha, sendo, além disso, o edifício religioso mais representativo de Berlim. Está localizado em frente ao jardim Lustgarten, e próximo ao Rio Spree.
Apesar de ostentar esta denominação, o curioso é que nunca foi uma catedral, no sentido estrito da palavra, uma vez que nunca hospedou um bispo católico. A Catedral de Santa Edwiges é o lugar de residência do Bispo metropolitano de Berlim.
O edifício da catedral foi construído entre os anos de 1894 e 1905, seguindo o projeto de Julius Raschdorff, sobre os alicerces de uma pequena catedral barroca, que foi demolida no mesmo ano em que se iniciou a construção desta, por ordem do imperador Guilherme II.
Durante a Segunda Guerra Mundial, o templo foi seriamente danificado pelos bombardeios, colocando-se um teto provisório para proteger o interior, até que, em 1975, começaram os trabalhos de reconstrução. Finalmente, em 1993, com uma altura inferior à do original e um novo desenho, terminou a sua construção, coroada por uma cúpula de cobre, de cor esverdeada, a partir da qual se pode desfrutar de belas vistas do centro de Berlim.
Entrando na Catedral de Berlim com o audioguia (áudio guia), vemos uma cripta conhecida como Hohenzollerngruft, onde se encontram os sarcófagos de diversos membros dos Hohenzollern, família alemã de governantes do século XI ou XII.
REICHSTAG (PARLAMENTO ALEMÃO)
Paragem seguinte do nosso audioguia (áudio guia), o Reichstag é um dos símbolos da capital alemã. Foi a sede do Parlamento no tempo do 2º Império alemão e mais tarde do Parlamento da República de Weimar. Desde 1994, a cada cinco anos, ali se reúne a Assembleia Federal para eleger o presidente da Alemanha, e desde 1999 é o local de reunião do Parlamento alemão.
Foi a partir de uma varanda da fachada principal que o social-democrata Philipp Scheidemann proclamou a república no dia 9 de novembro de 1918. Hoje existe ali uma placa a comemorar este facto.
O edifício, projetado por Paul Wallot, acabou de ser construído em 1894, seguindo um estilo neo-renascentista. É coroado por uma grande cúpula com 75 m de altura, cuja construção foi polémica, já que a sua primeira localização era no centro do edifício, sobre a sala do plenário, tendo havido diversas pressões que obrigaram Wallot a deslocá-la para a frente, por cima da entrada principal. Já numa fase avançada da construção, em 1889, o arquiteto conseguiu devolvê-la à sua posição original, mas alterando a sua estrutura de pedra para uma de aço e vidro, dado que a inicialmente projetada não tivesse sido suportada pela estrutura inferior, já construída.
Em 1933, quatro semanas após a nomeação de Adolf Hitler, o Parlamento foi vítima de um incêndio provocado, cuja autoria não chegou a esclarecer-se completamente, mas que permitiu que Hitler aproveitasse a situação e conseguisse abolir a maioria dos direitos fundamentais da Constituição de 1919 da República de Weimar. Por exemplo, o parágrafo 1 revogava os direitos civis elementares, e o parágrafo 5 estabelecia a pena de morte para crimes de "alta traição".
No final da Segunda Guerra Mundial, durante a Batalha de Berlim, o Reichstag foi palco de sangrentos combates e ficou seriamente danificado. Na década de 1960 realizaram-se as reformas mais urgentes, mas o aspeto que tem na atualidade foi adquirido numas obras feitas nos anos 90, graças ao arquiteto britânico Norman Foster, de cujo projeto se destaca a cúpula transitável, que se tornou uma atração turística.
MONUMENTO AOS JUDEUS DA EUROPA ASSASSINADOS
Inaugurado em 2005, é um grande monumento memorial dedicado às vítimas judaicas do Holocausto. Também é conhecido como Monumento do holocausto.
Está situado sobre um vasto campo inclinado, coberto por uma grade quadriculada na qual se situam 2711 estelas ou lajes de betão de dimensões irregulares, o que produz uma sensação de desordem e caos.
Situado no mesmo monumento, sob a terra, pode aceder-se com o audioguia (áudio guia) a um centro de visitantes com salas temáticas, como a Sala das Dimensões, a Sala das Famílias, a Sala dos Nomes, e a Sala dos Lugares, onde estão expostas fotografias, diários e cartas de despedida que nos levam para aquela época.
COLUNA DA VITÓRIA
A Coluna da Vitória é um dos símbolos distintivos de Berlim mais famosos. O "asno de ouro", como é conhecida popularmente, foi construído entre 1864 e 1873, sob a direção de Heinrich Strack na então chamada Königsplatz (hoje Praça da República). O motivo da sua edificação foi a vitória da Prússia em 1864 na guerra germano-dinamarquesa (Guerra dos Ducados). Em poucos anos, houve mais duas vitórias, a Guerra alemã de 1866, contra a Áustria, e a Guerra de 1870, contra a França. Para comemorar essas três vitórias foram criados os três segmentos originais, e a coluna foi coroada com uma escultura de bronze. Durante o Terceiro Reich, foi acrescentado à Coluna um quarto cilindro, com o qual atingiu os 67 metros de altura.
A escultura existente na parte superior é de bronze, feita por Friedrich Drake. Representa Vitória com uma coroa de louro, um capacete decorado com uma águia e o símbolo da Cruz de Ferro. Vitória é a deusa dos triunfos, de acordo com a mitologia romana. Pelo seu capacete com a águia, também poderia ser Borussia, a personificação da Prússia. A partir da plataforma panorâmica da coluna, é possível admirar a espetacular vista da cidade com o audioguia (áudio guia).
Ao terminar a II Guerra Mundial, a França quis dinamitar o monumento, mas não conseguiu, devido ao veto anglo-americano. Mesmo assim, os franceses retiraram os relevos que aludiam à sua derrota.
IGREJA MEMORIAL KAISER WILHELM
O Kaiser Guilherme II mandou construir esta igreja de estilo neo-românico, em homenagem ao seu avô, o Kaiser Guilherme I. Na verdade, não foi um edifício com uma importância especial, tendo sido destruído pelas bombas dos ataques aliados durante a II Guerra Mundial.
Em 1950 fizeram-se planos para a sua demolição, mas os cidadãos recusaram-na, e decidiu-se criar um monumento comemorativo com os restos da igreja.
O seu exterior amolgado e enegrecido pretende relembrar a insensatez da guerra. No interior, uma pequena exposição mostra algumas fotos da época em que a igreja foi destruída pelos bombardeamentos.
Em frente à entrada da igreja construiu-se uma capela moderna (chamada Igreja Nova), formada por vidros azuis que refletem uma bela luz no seu interior.
Ao dirigir-se à parte de trás da igreja com o audioguia (áudio guia), encontra um edifício octogonal repleto de janelões azuis, construído em 1960 como campanário.
A forma dos três edifícios faz com que sejam chamados de forma coloquial: “o estojo de pó-de-arroz, o dente cariado e o batom”.
A Igreja do Kaiser Wilhelm é um dos monumentos mais interessantes de Berlim. O seu peculiar aspeto de castelo em ruínas confere-lhe um encanto especial, que alcança realmente o seu objetivo: recordar a todos, que, por meio da guerra, só se consegue destruir pessoas e tesouros arquitetónicos.
PALÁCIO DE BELLEVUE
Próximo ponto do audioguia (áudio guia), o Palácio de Bellevue está localizado a norte do Tiergarten, nas margens do rio Spree, perto da Coluna da Vitória.
Frederico, o Grande, mandou construir este palácio em 1786, para utilizá-lo como residência de verão.
Trata-se do primeiro edifício neoclássico da Alemanha. Na sua planta distinguem-se três setores distintos: um edifício central com 19 vãos e um frontão apoiado sobre quatro pilastras coríntias, e dois edifícios laterais, um sobre a margem do rio, chamado ala do Spree, e outro simetricamente oposto, chamado ala das damas. Além disso, tem um parque de 20 hectares em seu redor.
Neste palácio foi assinado o tratado de paz da guerra Franco-Prussiana, em 1870. Em 1928, durante a República de Weimar, o palácio passou a pertencer ao Estado, sendo temporariamente a sede do museu etnográfico, até que em 1938 se tornou a residência oficial dos hóspedes do terceiro Reich.
O edifício sofreu graves danos durante os bombardeamentos das tropas aliadas em maio de 1945, após os quais só ficou em pé a fachada exterior da ala principal. Depois de passar por várias restaurações, é, atualmente, a residência oficial do presidente da República.
CATEDRAL DE SANTA EDWIGES
A Catedral de Santa Edwiges é a construção sacra católica mais importante de Berlim. Possui o título papal honorífico de Basílica menor. Edificou-se entre 1747 e 1773, sob o reinado de Frederico II, e comemora a chegada de imigrantes silesianos católicos de Berlim.
A estrutura do edifício foi destruída pela guerra e reconstruída posteriormente.
Distribui-se por dois níveis (superior e inferior) com oito capelas e uma conceção cêntrica simples e peculiar do espaço. Na câmara do tesouro, pode visitar-se uma pequena exposição de instrumentos e ornamentos litúrgicos.
Este é o local onde Bernhard Lichtenberg, cónego do cabido, foi capturado, por rezar publicamente a favor dos judeus. Foi condenado a dois anos de prisão por fazer mau uso do púlpito, morrendo no campo de concentração de Dachau. Atualmente, os seus restos mortais repousam na cripta da catedral.
O nosso audioguia (áudio guia) de Berlim prossegue na próxima secção.
ROTES RATHAUS
O audioguia (áudio guia) leva-nos agora ao Rotes Rathaus, a câmara Municipal de Berlim, localizado no distrito de Mitte. É a sede do presidente da câmara regente e do governo do estado federado de Berlim. O nome deste edifício histórico deve-se à sua fachada, feita com tijolos vermelhos.
A câmara municipal foi construída entre 1861 e 1869, ao estilo do Renascimento do norte da Itália, seguindo o modelo das torres da Catedral de Laon, em França.
Como muitos edifícios de Berlim, foi danificado durante a II Guerra Mundial, e, após a sua reconstrução, passou a ser a Câmara Municipal de Berlim Oriental. Depois da reunificação alemã, a administração de Berlim mudou-se para o edifício.
TORRE DE TELEVISÃO DE BERLIM
A Torre de Televisão de Berlim (Fernsehturm), foi, durante anos, o orgulho da RDA, uma torre construída em 1969, para mostrar a superioridade do comunismo sobre o capitalismo, numa tentativa de demonstrar que a Este se estava a preparar um futuro melhor.
Os seus 368 metros de altura, que fazem com que possa ser vista a partir de praticamente qualquer ponto da cidade, dão-lhe o título de estrutura mais alta da Alemanha, e o edifício de acesso público mais alto da Europa. Tem um miradouro a cerca de 204 metros de altura e logo acima um restaurante que gira 360 graus a cada meia hora.
Daqui podem admirar-se com o audioguia (áudio guia) os diferentes bairros da cidade e a variedade de arquiteturas, que vão desde moradias dos finais do século XIX, até aos modernos arranha-céus da Potsdamer Platz, ou os emblemáticos Platenbau, moradias da época socialista, muito mais alegres, cujas fachadas foram pintadas, há alguns anos, com diversas cores ou curiosos grafitis.
Uma curiosidade da torre é que o vidro que cobre a parte principal da estrutura esférica, faz com que, quando o sol da manhã reflete, se veja uma cruz no centro da esfera. Este fenómeno fez com que os ocidentais chamassem ao símbolo do poder soviético "A Vingança do Papa", deitando por terra a propaganda comunista.
EDIFÍCIO DA NOVA GUARDA
A Nova Guarda está no local da antiga muralha da cidade. Com o seu design, o arquiteto Friedrich Schinkel queria evocar a derrota de Napoleão e a obtenção da liberdade de Berlim. A sua construção terminou em 1818.
Ao longo dos anos, o edifício cumpriu diferentes funções comemorativas: a partir de 1931 foi tomado como monumento em homenagem às vítimas da Primeira Guerra Mundial; em 1960, tornou-se um lugar de memória às vítimas do fascismo alemão e, atualmente, pretende homenagear todas as vítimas do mundo, quer sejam das guerras, do fascismo ou de qualquer outra injustiça.
Entrando no edifício com o audioguia (áudio guia), podemos descobrir uma escultura comovente de uma mulher que segura nos seus braços o corpo sem vida do seu filho, de Käthe Kollwitz.
PALÁCIO REAL
Encontramo-nos agora com o audioguia (áudio guia) diante do Palácio Real. Foi o edifício mais importante da administração na Prússia. A primeira pedra do Palácio foi colocada em 1443 e foi a residência principal dos Hohenzollern desde o século XVIII até à queda do Império alemão, no final da Primeira Guerra Mundial.
Em 1307, Berlim e Cölln uniram-se para formar uma única cidade, e com a construção deste edifício, a monarquia queria manifestar essa união, tornando-se a sua localização no centro da grande cidade formada. A partir de 1538, iniciou-se a demolição do edifício, para ser substituído por um novo palácio. Com a coroação de Frederico I da Prússia, em 1701, o edifício converte-se em residência real, e em 1845 o Palácio adquire a sua forma final, com a cúpula sobre o portal.
Na batalha de Berlim de 1945 ficou danificado, e durante a administração da época comunista, foi totalmente demolido. Anos mais tarde, em 1976, foi inaugurado o Palácio da República, um edifício moderno, sendo demolido em 2006, com o objetivo de reconstruir o Palácio Real.
BEBELPLATZ
A Praça Bebel, antigamente chamada Opernplatz, está situada no lado sul da Avenida Unter den Linden, a principal artéria de Berlim.
Foi nesta praça que, numa grande fogueira, se queimaram milhares de livros de alguns autores censurados pelos nazis, como Karl Marx, Heinrich Heine ou Sigmund Freud. Em memória deste facto ocorrido em 1933, encontra-se uma laje de vidro que cobre uma estante vazia.
Contornando a praça com o audioguia (áudio guia) temos edifícios magníficos, como a Ópera de Berlim, a Universidade de Humboldt e a Catedral de Santa Edwiges.
GENDARMENMARKT
Estamos com o audioguia (áudio guia) no gendarmenmarkt (mercado dos gendarmes), uma praça no centro de Berlim, considerada a praça mais bonita da cidade.
O edifício central da praça é o konzerthaus, um auditório construído em 1802 e restaurado em 1979 por ter ardido num incêndio.
E em cada lado da praça temos duas igrejas idênticas: no lado norte da praça está a igreja francesa edificada no século XVIII, como igreja dos huguenotes protestantes que haviam fugido da França para Berlim. E no lado oposto a igreja alemã, mais ou menos da mesma época.
ILHA DOS MUSEUS
Trata-se de uma ilha assim chamada por ter localizados cinco destacados museus na sua metade norte , fazendo com que se trate de um dos conjuntos museológicos mais importantes do mundo.
Os próximos pontos do audioguia (áudio guia) descrevem cada um deles.
MUSEU ANTIGO
O Altes Museum é o museu mais antigo da ilha, sendo uma das obras mais importantes da arquitetura clássica de Berlim, que impressiona pela sua grandeza.
A sua coleção está centrada na cultura antiga, principalmente a Grécia, embora a arte romana também tenha o seu lugar no museu.
NOVO MUSEU
O audioguia (áudio guia) continua com o Neues Museum, o museu mais importante da ilha dos museus, embora quase tenha sido destruído durante a Segunda Guerra Mundial. Recentemente, em 2009, concluiu-se a sua recuperação, conservando-se os restos do antigo edifício e respeitando a sua estrutura.
De sua coleção destaca-se, sem dúvida, a parte do Egito. Podem-se ver múmias, figuras funerárias utilizadas para os rituais de enterro, mas, sem dúvida, a obra-prima do museu é o busto da Rainha Nefertiti, preservada em perfeitas condições desde a sua criação, no ano de 1351 a.C. Também são mostrados objetos da Idade da Pedra e outros provenientes da Idade do Ouro e do Bronze, além de diversas estátuas e achados provenientes da época romana.
MUSEU DE PÉRGAMO
Trata-se do museu mais imponente da Ilha dos Museus e o mais visitado de Berlim.
Exibe uma impressionante coleção de antiguidades clássicas, do Médio Oriente e da arte islâmica. É de destacar o monumento mais impressionante do museu, o Altar de Pérgamo, construído há mais de 2.000 anos para agradecer aos deuses pelas bênçãos concedidas. Com o audioguia (áudio guia) podemos ver uma reconstrução da porta do mercado romano de Mileto, de 17 metros de altura, uma reconstrução da Porta de Astarté , construída no século VI a.C. e obras-primas da arte islâmica, desde o século VII até ao século XIX, entre outras. Trata-se de uma visita obrigatória na cidade.
MUSEU BODE
Este museu deve o seu nome ao seu fundador, Wilhelm von Bode, embora originalmente se chamasse Kaiser-Friedrich-Museum, em homenagem ao imperador alemão Frederico III.
O edifício, de estilo neobarroco, que abriu as suas portas em 2006, depois de estar fechado para restauração, alberga uma coleção de peças bizantinas, uma coleção de esculturas e moedas e medalhas.
GALERIA NACIONAL ANTIGA
Próxima paragem do audioguia (áudio guia), a Galeria Nacional Antiga foi criada para abrigar uma coleção de arte do século XIX, doada pelo banqueiro Joachim H. W. Wagener. Com o tempo, ampliou-se significativamente, e hoje é uma das maiores coleções de esculturas e pinturas do século XIX na Alemanha.
O edifício ficou bastante danificado durante a segunda guerra mundial. Em 2001 foi completamente restaurado e foi reaberto.
Atualmente só conta com os quadros das coleções, já que as esculturas estão fora da ilha, na vizinha Friedrichswerdersche Kirche, uma igreja neogótica.
MUSEU JUDAICO DE BERLIM
Trata-se de um dos maiores museus judeus da Europa, que mostra, através de obras de arte e objetos da vida quotidiana, a história dos judeus que vivem e viveram na Alemanha durante os últimos dois mil anos.
O arquiteto polaco Daniel Libeskind projetou este edifício, que foi inaugurado em 1999, estando então vazio, e tornou-se um dos primeiros museus da história a abrir para mostrar apenas a sua arquitetura. As fachadas metálicas, janelas com caprichosas formas e orientações, e a planta em forma de raio são as suas principais caraterísticas, que transmitem a ideia de que o edifício é o vazio que deixado pelos judeus berlinenses desaparecidos durante o Holocausto. Acompanhado pelo audioguia (áudio guia), pode visitar a Torre do Holocausto e o Jardim do Exílio, que são outras duas construções pertencentes ao museu.
A planta da "Torre do Holocausto" é um quadrilátero pontiagudo e as suas fachadas são feitas de betão à vista. A única iluminação desta sala provém de um buraco na parede, que se encontra na parte superior da torre.
O "Jardim do Exílio", cujo nome oficial é Josef Hoffmann, é um grande quadrado situado no exterior do edifício, onde há 49 pilares de secção quadrada, dispostos em grade. O número 49 simboliza o ano de fundação de Israel. Esses pilares são de betão com orifícios, que estão preenchidos com terra de Berlim, exceto o central, preenchido com terra de Jerusalém, e estão coroados com vegetação. O terreno do jardim é inclinado, seguindo a diagonal, os pilares são perpendiculares ao chão, isto é, são inclinados. O arquiteto pretendia que o ato de andar no interior desta "floresta" de pilares coroados com plantas fosse desconfortável.
TOPOGRAFIA DO TERROR
Neste lugar existia um edifício neobarroco, que em 1933 se transformou na sede da Gestapo e Gabinete Central de Segurança das SS.
No pouco que resta da sua estrutura, atualmente temos um museu ao ar livre protegido da intempérie por um dossel, no qual se expõe a história da repressão nazi.
Também podemos visitar com o audioguia (áudio guia) um centro de documentação, concluído em 2010, que narra a história do lugar, das instituições do terror do governo do Nacional Socialismo e os crimes perpetrados em toda a Europa.
EAST SIDE GALLERY
Penúltimo ponto do nosso audioguia (áudio guia), a East Side Gallery é o maior trecho preservado do muro de Berlim, uma galeria de arte ao ar livre com 1316 metros, que não foi demolido com essa finalidade. Está localizada perto do centro de Berlim, ao longo das margens do rio Spree. É considerada a galeria de arte ao ar livre com o maior comprimento do mundo.
Dispõe de 103 murais pintados por artistas de todo o mundo, homenageando a liberdade e documentando a euforia e a esperança por um mundo melhor após o fim da guerra fria.
PALÁCIO DE CHARLOTTENBURG
Este palácio de estilo barroco foi construído em 1699 pelo arquiteto Johann Arnold Nering. Após a coroação de Frederico I como Rei da Prússia, em 1702, o palácio foi remodelado para ampliação, embora a rainha Sofia Carlota, que havia encomendado o original, não vivesse para ver a obra concluída. Após a sua morte, o palácio, antes chamado Lietzenburg, e o distrito em que se encontra, passaram a chamar-se de Charlottenburg, em sua homenagem. Entre 1707 e 1712 realizou-se outra ampliação, construindo-se a bela cúpula.
Na história do castelo destaca-se, sem dúvida, a sala de âmbar, que tem um revestimento de precioso âmbar, que mais tarde seria considerada como a oitava maravilha do mundo. Foi desenhada pelo arquiteto e escultor Andreas Schlüter.
Em 1943, os bombardeamentos da força aérea britânica sobre Berlim destruíram parcialmente o palácio e uma grande parte da decoração do edifício, que não pôde ser restaurada por completo.
Atualmente é utilizado como museu, no qual se expõe o quarto de Frederico, o Grande, as insígnias de Frederico I e sua esposa, porcelana e uma grande quantidade de quadros, como a coleção de pintura francesa do século XVIII mais importante fora da França. O antigo teatro do castelo tem outro museu, este destinado à pré-história.
Tem um enorme jardim, projetado em estilo barroco francês, posteriormente renovado em estilo de paisagem inglesa. Além disso, ao passear com o audioguia (áudio guia), podemos ali encontrar diversas construções, como a casa de chá Belvedere, o vila napolitana e o mausoléu da rainha Luísa.
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