TORRE DE BELÉM
Esta torre foi construída em 1515, em homenagem ao padroeiro de Lisboa, São Vicente Mártir, tornando-se um dos exemplos mais representativos da arquitetura manuelina. Inicialmente, foi utilizada para servir como torre de defesa para proteger a entrada do porto, pois encontra-se na foz do Tejo, sendo o ponto de partida de muitos exploradores, que percorriam os oceanos em busca de novas terras na Ásia, África ou América e novas rotas marítimas.
Conforme foram passando os anos, o tipo de uso foi alterado, utilizando-se como centro aduaneiro, e depois como prisão de presos políticos.
A torre está dividida em 5 pisos: nos três primeiros podemos ver a Sala do Governador, a Sala dos Reis e a Sala de Audiências, e no quarto e quinto pisos, a Capela e Terraço.
O acesso à torre com o audioguia (áudio guia) é feito por um baluarte no qual se podem ver diferentes canhões de defesa e o fosso onde os prisioneiros eram lançados. O interior está decorado de uma forma austera, destacando-se a escultura de São Vicente e outra da padroeira das viagens.
No exterior podemos observar as suas galerias abertas, torres de vigia, ameias em forma de escudo e uma gárgula de rinoceronte.
Antes da construção da torre, o governador da Índia portuguesa deu um rinoceronte ao rei D. Manuel I. O animal chegou a Lisboa, despertando grande interesse, por ser o primeiro rinoceronte em solo europeu desde há mais de mil anos. Para recordar aquele momento da história da cidade, construiu-se esta famosa gárgula em sua honra.
MONUMENTO AOS DESCOBRIMENTOS
Este monumento foi construído em 1960, para comemorar o quinto centenário da morte de D. Henrique, o Navegador, descobridor dos Açores, Madeira e Cabo Verde.
Tem 52 metros de altura e a forma de uma caravela. Na proa está Henrique, o Navegador, a abrir caminho para outros navegadores portugueses que empreenderam as suas expedições depois dele, num total de 33 personalidades da Era dos Descobrimentos, como, por exemplo, Vasco da Gama ou Fernando de Magalhães.
Num dos seus lados está o escudo de Portugal e presidindo a porta de entrada temos a espada da Dinastia de Avis, já que o rei D. Manuel I, foi um grande mecenas das viagens de exploração do século XVI.
Pode aceder-se ao seu interior com o audioguia (áudio guia) para subir ao miradouro, de onde se tem uma vista privilegiada do bairro de Belém.
MOSTEIRO DOS JERÓNIMOS
O projeto do mosteiro foi realizado pelo arquiteto Diogo de Boitaca, por ordem do rei D. Manuel I, em 1501. O edifício foi construído em estilo manuelino, em homenagem a Vasco da Gama, que tinha chegado recentemente da sua viagem às Índias. No local onde se decidiu construir o mosteiro estava a Ermida do Restelo, fundada por D. Henrique, o Navegador, onde Vasco da Gama e a sua tripulação rezaram, antes de embarcar na sua cruzada. O edifício foi pago com os lucros obtidos com o comércio de especiarias.
Os primeiros residentes foram os monges da Ordem de São Jerónimo, que lá viveram até ao século XIX, quando ocorreu o desmantelamento das ordens religiosas. Posteriormente passaria para as mãos do Estado Português.
Percorrendo o claustro com o audioguia (áudio guia), podemos encontrar uma decoração com muitos elementos marítimos e de navegação, lembrando a sua origem comemorativa. Abriga os restos mortais de Vasco da Gama e do poeta Luís de Camões. Além disso, na capela da igreja encontram-se os túmulos de vários monarcas portugueses, como Manuel I e sua família, Sebastião I, Catarina de Áustria ou Henrique I.
MUSEU NACIONAL DE ARQUEOLOGIA
Este museu está situado na ala oeste do Mosteiro dos Jerónimos, onde antigamente estavam os quartos dos monges.
Foi fundado em 1893 por José Leite de Vasconcelos, primeiro diretor do museu, que cedeu a sua coleção particular.
Graças às constantes doações, hoje em dia tem a maior e mais importante coleção arqueológica de Portugal, com objetos que vão desde o Paleolítico, passando pelo Egito, período clássico e mundo árabe, até à Idade Média.
Com o audioguia (áudio guia) podemos percorrer as suas salas, dedicadas a:
Egito, onde poderemos ver múmias reais de pessoas e animais, sarcófagos, máscaras, amuletos, estelas e ânforas relacionados com os ritos funerários, além de uma coleção de fotografias antigas.
A sala que representa a presença romana em Portugal, com capitéis, estelas funerárias, cerâmicas, etc.
A Sala dos Tesouros, onde se mostra a coleção de ourivesaria mais completa de Portugal, que abrange várias etapas históricas, começando no século VI a.C.
PONTE 25 DE ABRIL
Com os seus 2277 metros de comprimento, é a ponte mais comprida da Europa, e a primeira deste tipo construída em Lisboa.
Em 1966 foi inaugurada com o nome de ponte Salazar, mas após a Revolução dos Cravos, em 25 de abril de 1974, foi renomeada em homenagem a esse acontecimento.
A ponte tem dois níveis, sendo que num deles circulam os carros e no outro, incorporado posteriormente, circulam os comboios.
Muita gente costuma comparar ou até mesmo confundir esta ponte com a Golden Gate de San Francisco, já que a mesma empresa se encarregou de ambos os projetos e, por isso, partilham muitas semelhanças.
O audioguia (áudio guia) de Lisboa continua no próximo ponto.
PRAÇA DO COMÉRCIO
O local onde nos encontramos com o audioguia (áudio guia) é a praça mais importante de Lisboa, sendo durante muitos anos o ponto de entrada do comércio marítimo. Decidiu-se construir onde anteriormente se situava o Palácio Real, destruído pelo terramoto de 1755.
A Praça do Comércio é composta por uma série de edifícios porticados em três dos seus lados e é aberta no lado sul, virado para a estação fluvial e para o rio Tejo, por onde entram e saem os barcos.
Dentro da praça destacam-se dois pontos de interesse.
A estátua equestre de D. José I, que foi esculpida em bronze e representa esse rei, que esteve à frente da cidade durante o terramoto de 1755.
E o Arco Triunfal da Rua Augusta, que foi erguido para comemorar a reconstrução da cidade após o grande terramoto. Concluiu-se em 1873 e as suas estátuas representam, entre outros, Vasco da Gama, Marquês de Pombal e D. Nuno Alvares Pereira. Aí começa a rua Augusta, a rua mais importante do bairro da Baixa.
Na parte superior vemos alegorias da Glória, Génio e Valor, com uma inscrição em latim que diz "Às virtudes dos maiores, para que sirva a todos de ensinamento. Dedicado a expensas públicas".
Desde a sua reconstrução, esta praça foi palco de vários acontecimentos históricos para os portugueses, como o atentado contra o rei D. Carlos e seu filho Luís Filipe, no início do século XX, ou o golpe militar de 1974, durante a Revolução dos Cravos, que derrubou o regime Salazarista.
Além disso, é aqui que todos os anos se reúnem cidadãos e turistas para dar as boas-vindas ao ano novo, entre fogos de artifício e shots de ginjinha, bebida típica da cidade feita com cerejas, álcool e açúcar, entre outros ingredientes.
A CATEDRAL DE LISBOA
Trata-se da igreja mais antiga da cidade. A sua construção começou no século XII, sobre uma antiga mesquita, após a reconquista da cidade durante a Segunda Cruzada.
É conhecida popularmente como Sé de Lisboa, que vem da sigla S.E., de Sedes Episcopais, mas o seu nome original é Santa Maria Maior.
Ao longo de sua história sofreu vários danos, que têm afetado tanto o interior como o exterior, mas foi no ano 1755, com o grande terramoto, que ficou mais afetada, com várias partes da estrutura destruídas.
Durante o último restauro realizaram-se uma série de escavações, graças às quais foram descobertos os restos romanos e árabes anteriores à construção da catedral.
Ao aceder ao seu interior com o audioguia (áudio guia), podemos ver o local onde estão guardados os restos mortais de São Vicente, padroeiro da cidade, além do famoso tesouro da catedral: uma coleção de joias, trajes religiosos, imagens, manuscritos e relíquias relacionadas com o santo.
CASTELO DE SÃO JORGE
Está localizado no topo da colina de São Jorge, a mais alta de Lisboa.
Foi construído no século V pelos visigodos, mas escavações arqueológicas realizadas trouxeram à luz o seu passado com vestígios fenícios, gregos e cartagineses.
No século IX foi ampliado pelos árabes. A fortificação muçulmana foi reconquistada em meados do século XII por D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal, com a ajuda dos cruzados, os quais lhe deram o nome, já que muitos deles professavam devoção ao mártir São Jorge.
A partir desse momento, e até o século XVI, o castelo foi residência dos reis de Portugal, sendo o seu período de maior esplendor. Foi palco de grandes acontecimentos históricos, como a receção de Vasco da Gama no seu regresso da Índia.
Após o terramoto de Lisboa de 1755, o castelo ficou em ruínas e a conclusão do seu restauro ocorreu em 1938.
Entrando no complexo com o audioguia (áudio guia), destaca-se uma coleção de objetos encontrados na área arqueológica, restos dos diferentes períodos da história do castelo, uma câmara escura que permite examinar a cidade em tempo real numa vista de 360°, e diferentes miradouros nas torres do castelo, destacando-se a Torre de Ulisses, por ter um periscópio construído por Leonardo Da Vinci. Por outro lado, os jardins contêm as principais espécies florestais autóctones portuguesas.
PANTEÃO NACIONAL
No início, este edifício era conhecido como Igreja de Santa Engrácia. Começou a ser construída no final do século XVII e só foi totalmente terminada no ano de 1966.
Os 285 anos necessários para a sua construção deram origem a que o povo português criasse a expressão popular "obras de Santa Engrácia", para se referir a algo que nunca acaba.
Sabe-se que neste lugar, anteriormente, se encontrava uma igreja do século XVI, da qual não sobrou nada.
No início do século XX, o edifício passou a ser o panteão nacional. No seu interior conservam-se os restos mortais de personalidades célebres da história de Portugal, como Amália Rodrigues, os presidentes de Portugal Teófilo Braga e Manuel de Arriaga, e os cenotáfios de outros grandes personagens, como Vasco da Gama e Luís de Camões, ambos sepultados no Mosteiro dos Jerónimos.
Destaca-se a sua grande cúpula branca decorada com mármores de várias cores, à qual se pode subir com o audioguia (áudio guia) e contemplar as vistas panorâmicas da cidade.
PRAÇA-MONUMENTO AO MARQUÊS DE POMBAL
Esta praça é considerada como o início da nova Lisboa e o centro da nova cidade.
Foi construída em homenagem ao Marquês de Pombal, que foi Primeiro-Ministro do Rei D. José I, e governador de Lisboa, entre 1750 e 1777.
Mesmo no centro da praça ergue-se uma estátua que representa o Marquês, juntamente com um leão, símbolo de poder, no alto de uma coluna. Ao aproximar-nos com o audioguia (áudio guia), podemos ver na sua base imagens alegóricas que representam as reformas educativas, políticas e agrícolas por ele realizadas, além de algumas pedras partidas e ondas, que fazem referência ao seu papel importante na reconstrução da cidade após o terramoto de 1755.
O TERRAMOTO DE 1755
A 1 de novembro de 1755 celebravam-se várias missas nas diversas igrejas, conventos e oratórios espalhados por toda a cidade de Lisboa, por ser o Dia de Todos os Santos, quando um terramoto de 8,5 graus na escala de Richter fez tremer toda a cidade.
Depois de uns intermináveis 6 minutos, ficaram soterradas sob os escombros milhares de pessoas e centenas de edifícios foram totalmente derrubados.
Mas o que aconteceu mais tarde foi algo inimaginável. Em resultado do sismo, uma hora e meia depois, quando os sobreviventes se encontravam na Praça do Rossio, um tsunami devastou novamente a cidade, sem dar tempo de procurar refúgio ou fugir, arrastando centenas de pessoas para o mar.
Por último, no Dia de Todos os Santos, os Lisboetas tinham colocado nas suas casas velas para lembrar os defuntos que, por causa do terramoto, caíram e provocaram vários incêndios. Durante a noite, e devido ao forte vento, as chamas espalharam-se pela cidade e transformaram-se numa tempestade de fogo.
Essa grande catástrofe tirou a vida de 60.000 a 100.000 pessoas. Para evitar epidemias, muitos corpos foram lançados ao mar. Mobilizou-se o exército e outras populações para ajudar a limpar as ruínas.
Contrataram-se arquitetos e engenheiros e, em menos de um ano, Lisboa estava livre de detritos e iniciou-se a reconstrução. Os novos edifícios foram as primeiras construções resistentes a terramotos em todo o mundo.
Dirija-se agora para a Praça do Rossio, para continuar o percurso do audioguia (áudio guia).
PRAÇA DO ROSSIO
Esta praça, conhecida como do Rossio, que significa "espaço comum", na realidade chama-se Praça Dom Pedro IV, em homenagem ao rei Soldado.
Estamos no bairro da Baixa com o audioguia (áudio guia), bem no extremo norte da Rua Augusta, o centro nevrálgico de Lisboa. Nas laterais da praça e nos seus arredores encontramos as lojas, bares e restaurantes mais famosos da cidade.
No centro da praça temos a estátua de D. Pedro IV, o primeiro imperador do Brasil e rei constitucional português. Na sua base estão quatro figuras femininas, que representam as bondades do rei.
Situado na praça está o Teatro Nacional Dona Maria II, construído em 1842, para substituir o antigo Palácio dos Estaus, sede da inquisição portuguesa desde meados do século XVI. A coroar a sua fachada neoclássica está a estátua de Gil Vicente, considerado o fundador do teatro português.
À esquerda do Teatro Nacional encontra-se a estação ferroviária do Rossio, com uma imponente fachada construída em 1887.
MUSEU DO FADO
Está localizado no bairro de Alfama, onde nasceu e se desenvolveu este canto nostálgico tão conhecido de Lisboa.
O museu abriu as suas portas em 1998, depois de se reunir uma coleção exclusiva de objetos e histórias relacionadas com esta música.
Dentro do museu com o audioguia (áudio guia) conheceremos a história do fado desde as suas origens, há mais de dois séculos. Também descobriremos como se foi transformando, devido a inúmeras influências durante todo este tempo, até ser consagrado como o que é atualmente.
Reúne diversos instrumentos musicais, entre os quais se destaca a guitarra, partituras, fotografias, cartazes, roupas, troféus, bem como a história de grandes autores e compositores do fado, a manifestação musical portuguesa por excelência.
Por tudo isso, no ano de 2009, a Associação Portuguesa de Museologia concedeu-lhe uma Menção Honrosa, como sendo um dos melhores museus portugueses.
CONVENTO DO CARMO
Este era o templo gótico mais importante de Lisboa, até que, em 1755, o terramoto que abalou a cidade o deixou em ruínas.
O militar Nuno Alvares Pereira mandou construir esta igreja para acolher a ordem das carmelitas. Foram necessários 34 anos para construir todo o edifício, após os quais aí se instalou o seu fundador, Frei Nuno de Santa Maria, que ali morreria alguns anos mais tarde.
Após o terramoto de 1755, ficou de pé uma parte muito pequena da igreja. O esqueleto que atualmente podemos ver desta antiga igreja constitui uma das poucas amostras arquitetónicas do período Medieval português.
Pelo contrário, o convento não sofreu tantos danos. No seu interior está instalado o Museu Arqueológico do Carmo, composto de peças da Pré-história até a Idade Média, que narram a história de Lisboa.
Algumas das peças mais importantes são bifaces e lascas do Paleolítico, objetos relacionados com rituais funerários do Neolítico, o Sarcófago das Musas do período romano, o túmulo do rei Fernando I do século XIV e o túmulo de Nuno Álvares Pereira.
Podemos percorrer com o audioguia (áudio guia) a sala dedicada às coleções de dois dos arqueólogos mais importantes do século XIX português, Possidónio da Silva e o Conde de S. Januário, que incluem sarcófagos egípcios e múmias provenientes da América do Sul.
ELEVADOR DE SANTA JUSTA
Também conhecido como Elevador do Carmo, é o único elevador urbano vertical de Lisboa, que liga a Baixa ao Bairro do Chiado, apesar de atualmente ser mais uma atração turística do que um transporte.
Foi projetado por Raoul Mesnier de Ponsard, engenheiro que também projetou os três funiculares de Lisboa, e foi inaugurado em 1902. No início funcionava a vapor, mas posteriormente passou a ser movido por eletricidade.
Trata-se de uma grande torre de 45 metros de altura, de estilo neogótico, cuja estrutura de ferro nos lembra a torre Eiffel. No seu interior existem dois elevadores revestidos de madeira polida, que transportam os passageiros até um terraço na parte superior, a partir da qual se pode desfrutar de maravilhosas vistas com o audioguia (áudio guia).
IGREJA DE SÃO DOMINGOS
Esta igreja do século XIII foi durante muito tempo a maior de Lisboa e acolheu todas as cerimónias religiosas importantes, como funerais, batizados e coroações.
O curioso desta igreja é que as catástrofes naturais a afetaram ao longo da sua história. A igreja ficou praticamente destruída por causa do tsunami originado após o terramoto. Depois de ser reconstruída, em meados do século XX, um incêndio devastou novamente as suas paredes. Levou mais de 6 horas a apagar o fogo e dois bombeiros perderam a vida.
A igreja voltou a ser recuperada, mas desta vez apenas os tetos e as paredes foram reabilitados, ficando assim com imagens meio fundidas e as paredes calcinadas, aspeto que podemos observar atualmente com o audioguia (áudio guia).
Dentro desta igreja ocorreu um homicídio no mês de janeiro de 1503: durante uma missa, um novo cristão, convertido do Judaísmo, estava a rezar junto de um grupo de cristãos, a quem lhes pareceu ver iluminado o rosto de um Cristo que havia na igreja e, surpreendidos, pensaram que isso tinha sido um milagre. O cristão convertido do Judaísmo, lembrou-se de dizer que não foi nenhum milagre, que tinha sido um reflexo do sol, o que levou a que os cristãos o acusassem de não ter fé e o matassem à paulada.
Infelizmente, este não foi um caso isolado e a população enfurecida começou a persegui-los, matando quase 2000 judeus e novos cristãos.
PRAÇA DOS RESTAURADORES
O audioguia (áudio guia) leva-nos agora à Praça dos Restauradores, que foi construída para homenagear a libertação de Portugal do jugo dos espanhóis no século XVII.
No meio da praça há um grande obelisco, que faz referência à independência, alcançada em 1640, após sessenta anos de domínio espanhol.
Todas as vitórias no campo de batalha tinham voltado a despertar o nacionalismo português, pelo que todos os nomes e datas das batalhas da Guerra da Restauração foram gravados nas faces do obelisco.
Embora o país tivesse permanecido economicamente débil durante muito tempo e tenham havido novas tentativas de invasão, em 1668 foi assinado o Tratado de Lisboa, pelo qual a Espanha reconheceu a soberania do país vizinho.
Por este motivo, aos pés do obelisco encontramos duas figuras de bronze, que representam a Vitória coroada e a Liberdade.
Na praça há alguns edifícios do século XIX, como o antigo Teatro Éden, hoje transformado num hotel, o Palácio Foz, onde se encontra atualmente o posto de turismo ou o edifício do Cinema Condes, atualmente ocupado pelo Hard Rock Café.
ELEVADOR DO LAVRA
Este elevador foi inaugurado em 1884 e continua em funcionamento, o que o torna o funicular mais antigo de Lisboa, com mais de um século de vida.
Originalmente funcionava a vapor, mas com o passar dos anos tem vindo a modernizar-se, graças à instalação de energia elétrica na rede de elétricos de Lisboa.
O seu exterior é decorado com azulejos que representam diferentes formas e animais, entre eles os galos.
Faz um percurso total de 188 metros e, em cada viagem, o elevador pode transportar 22 pessoas sentadas e outras 20 de pé. No dia em que entrou em funcionamento era grátis e todos queriam andar, transportando mais de 3000 passageiros.
Há outros dois elevadores do tipo funicular em Lisboa, nos quais podemos andar com o audioguia (áudio guia): o Elevador da Glória, muito conhecido e interessante, e o Elevador da Bica, o mais utilizado, juntamente com o anterior.
CASA DOS BICOS
Próxima paragem do nosso audioguia (áudio guia), Eete edifício está localizado no bairro de Alfama, em frente ao rio Tejo.
O seu nome está relacionado com a sua fachada, formada por pedras talhadas em forma de pontas de diamante ou picos (bicos). Outro elemento que chama muito a atenção são as suas portas e janelas, todas elas diferentes umas das outras.
A Casa dos Bicos é um antigo palacete do século XVI, que pertenceu a Brás de Albuquerque, filho do vice-rei da Índia, Afonso de Albuquerque, conquistador português que contribuiu para a criação do Império Português no oceano Índico.
No início, foi a sede, em Lisboa, da Associação do Comércio Marítimo para a Índia. Depois do terramoto de 1755, a parte superior do edifício caiu, mas consegui-se reconstruir fielmente, graças às imagens preservadas em antigos murais de azulejos e gravuras.
Em 1973, a família Albuquerque vendeu o edifício, e durante um tempo foi utilizado como armazém e como sede de comércio de bacalhau. Atualmente, está aí instalada a Fundação José Saramago, com uma exposição permanente sobre a vida e obra do escritor, e realizam-se eventos culturais.
BASÍLICA DA ESTRELA
A Basílica do Sagrado Coração de Jesus, como na realidade se chama, foi construída por ordem de D. Maria, que prometeu construir um convento e uma igreja para as religiosas da ordem de Santa Teresa se, graças à ajuda divina, desse à luz um filho varão que a sucedesse. O seu filho José I, Príncipe do Brasil, nasceria no ano de 1761, mas a construção não foi iniciada até 1779, devido à escassez de fundos, e terminou em 1790.
A fachada principal tem duas torres sineiras idênticas, decoradas com estátuas de santos e figuras alegóricas.
Destaca-se a sua grande cúpula, que se pode ver a partir de diferentes pontos da cidade.
O interior da basílica está decorado com mármore, tanto no piso como nas paredes, formando diferentes padrões geométricos em cinza, rosa e amarelo.
Aqui se encontra o túmulo da sua fundadora, Maria I, e a representação do nascimento de Jesus, formada por mais de 500 figuras feitas em cortiça e terracota, obra de Machado de Castro.
O audioguia (áudio guia) de Lisboa continua no próximo ponto.
PONTE VASCO DA GAMA
Estamos com o audioguia (áudio guia) perante a ponte mais comprida da Europa, com um comprimento de 12,3 quilómetros. Foi construída para a Exposição Universal de 1998, sendo o seu emblema. Foi batizada com o nome de Vasco da Gama para comemorar os 500 anos da chegada do navegador à Índia em 1498, seis anos depois de Cristóvão Colombo descobrir a América.
Devido aos engarrafamentos que se formavam na Ponte 25 de Abril, a construção desta nova ponte significou um grande alívio para a cidade.
A sua estrutura atinge os 150 metros de altura e foi projetada para suportar o impacto de um terramoto quatro vezes maior do que o que devastou Lisboa em 1755, bem como rajadas de vento até 250 km/h.
CRISTO REI
Com mais de 28 metros de altura, o Cristo Rei de Lisboa está localizado na entrada da cidade para receber turistas e portugueses.
Este monumento recorda-nos, inevitavelmente, o emblemático Cristo Redentor do Rio de Janeiro, de forma justificada: em 1934, o Cardeal de Lisboa foi ao Rio de Janeiro e ficou tão impressionado com o Cristo Redentor que, quando regressou a Lisboa, começou a recolher fundos para a construção de um monumento semelhante.
A sua construção foi concluída no final dos anos cinquenta, simbolizando a paz e a gratidão a Deus por ter mantido Portugal à margem da Segunda Guerra Mundial.
Os seus quatro pilares representam os pontos cardeais e no seu interior encontramos a Capela de Nossa Senhora da Paz.
Dentro tem um elevador que nos permite subir ao miradouro com o audioguia (áudio guia), de onde se pode contemplar uma vista panorâmica de Lisboa, com um alcance até 20 km
PALÁCIO DOS MARQUESES DE FRONTEIRA
No século XVIII, este palácio foi a residência da família do primeiro marquês de Fronteira e ainda hoje é a residência particular dos seus descendentes.
O marquês mandou construir o palácio em 1675 no Parque do Monsanto, como pavilhão de caça e residência de verão, mas, depois do terramoto de 1755, ele e a sua família viram-se obrigados a ficar permanentemente neste edifício, dado que a sua residência habitual foi destruída.
No seu interior, os quartos estão decorados com um mobiliário finíssimo e diferentes obras de arte, entre elas valiosas porcelanas da China. Uma das salas a destacar é a Sala das Batalhas, decorada com cenas de batalhas que levaram Portugal a conseguir a independência de Espanha. Graças à sua ativa participação nessas batalhas foi-lhe concedido o título de marquês de Fronteira.
Os jardins do palácio ocupam uma área de 5 hectares, nos quais se combinam perfeitamente o estilo renascentista e elementos da mitologia clássica com os tradicionais azulejos portugueses, elemento essencial na decoração do palácio.
Passeando com o audioguia (áudio guia) pelos jardins, destacam-se:
A Galeria dos Reis, onde podemos encontrar as estátuas de todos os reis de Portugal, em frente a uma longa parede de azulejos.
A Galeria das Artes, com estátuas de tamanho natural dos deuses do Olimpo.
A Casa do Fresco, uma pequena casa, cujas paredes estão decoradas com os restos da louça utilizada na inauguração do palácio e que, de acordo com a tradição da época, foi partida.
E um lago com cisnes negros.
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e acessórios.
Audioguias disponíveis para dispositivos móveis, Aplicações Web, Apps descarregados a partir da Google Store.
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